Na verdade, também nunca necessitei de ter um relacionamento sério com ninguém, não sentia vontade, nem queria, ter alguém sempre ao meu lado a dar-me atenção e carinhoso (aquelas coisas super românticas); nunca apresentei um "namorado" aos meus pais, nunca.
Tive uma pessoa especial, a mais especial, posso até dizer que foi o mais "sério" que tive até hoje, que durou 3 anos, mas nunca tivemos uma relação assumida. Gostei mesmo dele, mas por inúmeras razões decidimos tomar a decisão de ficar só entre nós. Apreciava estar com ele, passar todas as tardes e noites com ele durante 2 anos, ir para a casa dele como se fosse a minha casa, irmos a todos os lados e mais alguns de carro. Naquela altura, parecia-me a pessoa certa para estar, mas nunca para namorar, admito. Tinhamos montes de coisas em comum, mas também passávamos a maior parte do tempo a discutir, a nossa relação baseava-se numa relação sem futuro. Estavámos juntos mais porque estávamos habituados um ao outro do que propriamente porque nos amavamo-nos.
Depois de muito esforço e dor, a nossa relação acabou, não dava mais. Ele estava a começar a prender-me, a sufocar-me, já nem me deixava estar com as minhas amigas. A nossa relação tornou-se numa obcessão. A única solução foi acabar.
E hoje percebo que foi o melhor.
Desde o fim dessa relação que não estive assim com mais ninguém em especial. Mas com o passar do tempo, tenho sentido algo que nunca senti. Vontade de ter alguém, a quem dar e receber carinho, amor.
Será que ter namorado é na realidade um pesadelo como eu dantes pensava? Será que é alguém que nos corta as asas que nos fazem voar?
Acho que não.
Acho que simplesmente se encontrarmos a pessoa certa, essa não nos vai sufocar, nem cortar as asas, nem desrespeitar o que somos na realidade, mas sim vai-nos ajudar a encontrar o melhor caminho de estar feliz (não de ser feliz, mas de estar).
Não estou desesperada à procura de um namorado, não estou. Mas sei que agora ao menos não vou fechar as portas logo à partida e viver num mundo só meu, mas sim, abrir os horizontes e estar aberta a novas "aventuras" e propostas que virão (espero eu) no futuro.
Sem comentários:
Enviar um comentário