domingo, 7 de junho de 2009

liberdade ?

Sempre respeitei e valorizei a minha liberdade, nunca gostei de ter alguém que me impedisse de fazer o que quer que seja ou que tentasse mandar em mim. Talvez por isso, nunca consegui ter um relacionamento sério e estável. nunca me impedi de fazer o que quer que fosse por alguém, mudar por alguém.
Na verdade, também nunca necessitei de ter um relacionamento sério com ninguém, não sentia vontade, nem queria, ter alguém sempre ao meu lado a dar-me atenção e carinhoso (aquelas coisas super românticas); nunca apresentei um "namorado" aos meus pais, nunca.
Tive uma pessoa especial, a mais especial, posso até dizer que foi o mais "sério" que tive até hoje, que durou 3 anos, mas nunca tivemos uma relação assumida. Gostei mesmo dele, mas por inúmeras razões decidimos tomar a decisão de ficar só entre nós. Apreciava estar com ele, passar todas as tardes e noites com ele durante 2 anos, ir para a casa dele como se fosse a minha casa, irmos a todos os lados e mais alguns de carro. Naquela altura, parecia-me a pessoa certa para estar, mas nunca para namorar, admito. Tinhamos montes de coisas em comum, mas também passávamos a maior parte do tempo a discutir, a nossa relação baseava-se numa relação sem futuro. Estavámos juntos mais porque estávamos habituados um ao outro do que propriamente porque nos amavamo-nos.
Depois de muito esforço e dor, a nossa relação acabou, não dava mais. Ele estava a começar a prender-me, a sufocar-me, já nem me deixava estar com as minhas amigas. A nossa relação tornou-se numa obcessão. A única solução foi acabar.
E hoje percebo que foi o melhor.
Desde o fim dessa relação que não estive assim com mais ninguém em especial. Mas com o passar do tempo, tenho sentido algo que nunca senti. Vontade de ter alguém, a quem dar e receber carinho, amor.
Será que ter namorado é na realidade um pesadelo como eu dantes pensava? Será que é alguém que nos corta as asas que nos fazem voar?
Acho que não.
Acho que simplesmente se encontrarmos a pessoa certa, essa não nos vai sufocar, nem cortar as asas, nem desrespeitar o que somos na realidade, mas sim vai-nos ajudar a encontrar o melhor caminho de estar feliz (não de ser feliz, mas de estar).
Não estou desesperada à procura de um namorado, não estou. Mas sei que agora ao menos não vou fechar as portas logo à partida e viver num mundo só meu, mas sim, abrir os horizontes e estar aberta a novas "aventuras" e propostas que virão (espero eu) no futuro.

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