sim, parece que os maus momentos, aqueles que tanto me angustiavam e chatiavam, deixaram de fazer sentido, de ter sentido.
tudo agora é claro. pesado.
já não te amo. mas continuo a amar todos os momentos que passámos, todas as tardes e noites que tivemos, todos os segundos em que era eu própria, sem constragimentos e mascaras.
mostrava-te e entregava-te o meu verdadeiro "eu". dava-te o melhor de mim, mesmo que não fosse o melhor para ti.
quero pensar que quem teve a culpa foste tu, aliás, dantes tentava-me convencer-me todos os dias, todas as vezes que pensava em ti, que o unico culpado de estarmos nesta situação eras tu. só tu.
mas não.
eu errei. muito. não foste só tu.
hoje pela primeira vez caí em mim, deixei a magoa para trás e os sentimentos de raiva, odio e amor. hoje percebi e aceitei que cometi erros que podiam ser evitados, podia ter sido diferente, e não fui.
sinceramente, sempre te achei um bocado "seguro" como se me pertencesses. errei, consumida pela raiva e desejo de vingança. errei. acabei por fazer o que tanto te julgava. pensei que queria que sentisses a dor que era, o sofrimento que sentia. esperei que depois tudo voltasse ao normal. que ficassemos "quites". mas não. desiludi-te. mas não da maneira como me desiludi a mim.
tomaste a atitude que eu deveria ter tomado, tomaste a atitude sensata e correcta, mas eu ao contrário não fui capaz de racionalizar. quando percebi o que tinha feito foi tarde demais e custou.
perdi-te.
cometes-te erros, eu não fui melhor, muito pelo contrário.
ninguém é de niguém. ninguém tem o poder de possuir o outro.
pensar o contrário sempre foi o nosso maior erro.
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