sábado, 15 de maio de 2010
As pessoas nunca podem amar demais. Nunca podem sofrer demais.
Nem sorrir demais.
Senão são inocentes, patéticas, aborrecidas, sem senso, sem limites. Dizem-nos "a falta de limites é uma linha demasiado ténue que separa a demência da vulgaridade... por isso recompõe-te e mostra-nos que aprendeste bem a lição".
O único sentimento que podemos sentir sem limites é o medo.
Porque o medo é o ópio desses espectros que se denominam humanos.
O medo do amanhã. O medo da morte. O medo das palavras. O medo dos silêncios. O medo de mim e da minha loucura de ser tão pouco limitada.
Eu FINJO fingir e assim acalmo-lhes os anseios.
Quero ser ilimitada. Quero ser intensa. Quero ser louca. Quero ser tudo. Quero ser nada. Quero a imensidão do espaço, quero o alternar constante do tempo.
QUERO. E não tenho medo de o admitir.
Só tenho medo do medo de sermos nós.
E eu serei eu. Mesmo quando finjo ser outra.
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